História da Cidade de São Paulo
A fundação de São Paulo insere-se no processo
de ocupação e exploração das terras
americanas pelos portugueses, a partir do século XVI. Inicialmente,
os colonizadores fundaram a Vila de Santo André da Borda
do Campo (1553), constantemente ameaçada pelos povos indígenas
da região. Nessa época, um grupo de padres da Companhia
de Jesus, da qual faziam parte José de Anchieta e Manoel
da Nóbrega, escalaram a serra do mar chegando ao planalto
de Piratininga onde encontraram "ares frios e temperados
como os de Espanha" e "uma terra mui sadia, fresca e
de boas águas". Do ponto de vista da segurança,
a localização topográfica de São Paulo
era perfeita: situava-se numa colina alta e plana, cercada por
dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú.
Nesse lugar, fundaram o Colégio dos Jesuítas em
25 de janeiro de 1554, data esperada pelo Padre Manoel da Nóbrega
para homenagear o apóstolo São Paulo (data da conversão
de Saulo de Tarso, às portas de Damasco), ao redor do qual
iniciou-se a construção das primeiras casas de taipa
que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga.
O aniversário de São Paulo é comemorado no
dia 25 de Janeiro.
Estação da
Luz
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Foto tirada
entre 1902 e 1927 |
Atual
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Em 1560, o povoado ganhou foros de Vila e pelourinho mas a distância
do litoral, o isolamento comercial e o solo inadequado ao cultivo
de produtos de exportação, condenou a Vila a ocupar
uma posição insignificante durante séculos
na América Portuguesa.
Em 1681, São Paulo foi considerada cabeça da Capitania
de São Paulo e, em 1711, a Vila foi elevada à categoria
de Cidade. Apesar disso, até o século XVIII, São
Paulo continuava como um quartel-general de onde partiam as "bandeiras",
expedições organizadas para apresar índios
e procurar minerais preciosos nos sertões distantes. Ainda
que não tenha contribuído para o crescimento econômico
de São Paulo, a atividade bandeirante foi a responsável
pelo devassamento e ampliação do território
brasileiro a sul e a sudoeste, na proporção direta
do extermínio das nações indígenas
que opunham resistência a esse empreendimento.
Mosteiro de São Bento
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Atual |
Foto tirada em 1903
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A área urbana inicial, contudo, ampliou-se com a abertura
de duas novas ruas, a Líbero Badaró e a Florêncio
de Abreu. Em 1825, inaugurou-se o primeiro jardim público
de São Paulo, o atual Jardim da Luz, iniciativa que indica
uma preocupação urbanística com o aformoseamento
da cidade.
No início do século XIX, com a independência
do Brasil, São Paulo firmou-se como capital da província
e sede de uma Academia de Direito, convertendo-se em importante
núcleo de atividades intelectuais e políticas. Concorreram
também para isso, a criação da Escola Normal,
a impressão de jornais e livros e o incremento das atividades
culturais.
No final do século, a cidade passou por profundas transformações
econômicas e sociais decorrentes da expansão da lavoura
cafeeira em várias regiões paulistas, da construção
da estrada de ferro Santos-Jundiaí (1867) e do afluxo de
imigrantes europeus. Para se ter uma idéia do crescimento
vertiginoso da cidade na virada do século, basta observar
que em 1895 a população de São Paulo era
de 130 mil habitantes (dos quais 71 mil eram estrangeiros), chegando
a 239.820 em 1900!). Nesse período, a área urbana
se expandiu para além do perímetro do triângulo,
surgiram as primeiras linhas de bondes, os reservatórios
de água e a iluminação a gás.
As mais importantes realizações urbanísticas
do final do século foram, de fato, a abertura da Avenida
Paulista (1891) e a construção do Viaduto do Chá
(1892), que promoveu a ligação do "centro velho"
com a "cidade nova", formada pela rua Barão de
Itapetininga e adjacências. É importante lembrar,
ainda, que logo a seguir (1901) foi construída a nova estação
da São Paulo Railway, a notável Estação
da Luz.
O século XX, em suas manifestações econômicas,
culturais e artísticas, passa a ser sinônimo de progresso.
A riqueza proporcionada pelo café espelha-se na São
Paulo "moderna", até então acanhada e
tristonha capital.
Teatro Municipal
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Foto tirada entre
1902 e 1927 |
Atual
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Trens, bondes, eletricidade, telefone, automóvel, velocidade,
a cidade cresce, agiganta-se e recebe muitos melhoramentos urbanos
como calçamento, praças, viadutos, parques e os
primeiros arranha-céus.
Em 1911, a cidade ganhou seu Teatro Municipal, obra do arquiteto
Ramos de Azevedo, celebrizado como sede de espetáculos
operísticos, tidos como entretenimento elegante da elite
paulistana.
Na década de 20, a industrialização ganha
novo impulso, a cidade cresce (em 1920, São Paulo tinha
580 mil habitantes) e o café sofre mais uma grande crise.
No entanto, a elite paulistana, num clima de incertezas mas de
muito otimismo, frequenta os salões de dança, assiste
às corridas de automóvel, às partidas de
foot-ball, às demonstrações malabarísticas
de aeroplanos, vai aos bailes de máscaras e participa de
alegres corsos nas avenidas principais da cidade. Nesse ambiente,
surge o irrequieto movimento modernista. Em 1922, Mário
de Andrade, Oswald de Andrade, Luís Aranha, entre outros
intelectuais e artistas, iniciam um movimento cultural que assimilava
as técnicas artísticas modernas internacionais,
apresentado na célebre Semana de Arte Moderna, no Teatro
Municipal.
Na década de 30, a cidade presenciou uma realização
urbanística notável, que testemunhava o seu processo
de "verticalização": a inauguração,
em 1934, do Edifício Martinelli, maior arranha-céu
de São Paulo, à época, com 26 andares e 105
metros de altura !
Em 1954, São Paulo comemorou o centenário de sua
fundação com diversos eventos, inclusive a inauguração
do Parque Ibirapuera, principal área verde da cidade, que
passou a abrigar edifícios diversos projetados pelo arquiteto
Oscar Niemeyer.
Avenida Paulista
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Atual |
Foto tirada em 1950
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Nos anos 50, inicia-se o fenômeno de "desconcentração"
do parque industrial de São Paulo que começou a
se transferir para outros municípios da Região Metropolitana
(ABCD, Osasco, Guarulhos, Santo Amaro) e do interior do Estado
(Campinas, São José dos Campos, Sorocaba). Esse
declínio gradual da indústria paulistana insere-se
num processo de "terciarização" do Município,
acentuado a partir da década de 70.
A população da metrópole paulistana cresceu
na última década, de cerca de 10 para 16 milhões
de habitantes. Esse crescimento populacional veio acompanhado
do agravamento das questões sociais e urbanas (desemprego,
transporte coletivo, habitação, problemas ambientais
...) que nos desafiam como "uma boca de mil dentes".
No entanto, como dizia o grande poeta da cidade, Mário
de Andrade: "Lá fora o corpo de São Paulo escorre
vida ao guampasso dos arranhacéus".
O Aniversário de São Paulo se comemora em 25 de
Janeiro.
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Brasão |
Bandeira |
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O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é
constituído pela frase em latim "Non ducor, duco",
cujo significado em português é "Não
sou conduzido, conduzo".
Atividades para o aniversário
de São Paulo
Atividades para o aniversário de São Paulo Todos os anos, a prefeitura
da cidade de São Paulo promove várias atrações para celebrar o
seu aniversário, em todas as regiões da metrópole.Shows ao vivo,
exposições artísticas e circuitos culturais são alguns dos exemplos
de programas que os paulistanos e turistas podiam experimentar
durante os dias festivos do aniversário de São Paulo (normalmente
entre os dias 23, 24 e 25 de janeiro), mas desde a Covid-19, as
celebrações estão bastante condicionadas.
O Troféu Cidade de São Paulo, corrida que costuma ser realizada
no dia do aniversário da cidade, por exemplo, não se realizou
em 2021. Adiado para 2022, a 24.ª edição da corrida se realizará
no dia 23 de janeiro de 2022 (domingo), uma vez que o feriado
do aniversário da cidade de 2022 foi antecipado para 2021, como
uma das medidas de combate à pandemia.
Lembrando que 5 feriados foram antecipados e foram gozados entre
26 de março e 4 de abril de 2021 - que compreendeu a semana santa
-, com o intuito de somar 10 dias consecutivos de isolamento social.
Parabéns São Paulo
pelos seus 468 anos!!!!
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