Páscoa
Origem dos Símbolos
de Páscoa
É
sugerido por alguns historiadores que muitos dos atuais símbolos ligados
à Páscoa (especialmente os ovos
de chocolate, ovos
coloridos e o coelhinho da Páscoa) são resquícios culturais
da festividade de primavera em honra de Eostre que, depois, foram assimilados
às celebrações cristãs do Pessach, depois da cristianização
dos pagãos germânicos. Contudo, já os persas, romanos, judeus
e armênios tinham o hábito de oferecer e receber ovos
coloridos por esta época. Ishtar tinha alguns rituais de caráter
sexual, uma vez que era a deusa da fertilidade, outros rituais tinham a ver com
libações e outras ofertas corporais. Um ritual importante
ocorria no equinócio da primavera, onde os participantes pintavam e decoravam
ovos (símbolo da fertilidade) e os escondiam e enterravam em tocas nos
campos. Este ritual foi adaptado pela Igreja Católica no principio do 1º
milênio depois de Cristo, fundindo-a com outra festa popular da altura chamada
de Páscoa. Mesmo assim, o ritual da decoração dos ovos de
Páscoa mantém-se um pouco por todo o mundo nesta festa, quando ocorre
o equinócio da primavera. Ovo de Páscoa Tradição
de dar ovo tem milênios (mas antes o ovo era de galinha mesmo). O
hábito de dar ovos
de verdade vem da tradição pagã! Agradeça aos confeiteiros
franceses o ovo que você come na Páscoa hoje ser feito de chocolate.
Caso contrário, você ganharia um belíssimo ovo de galinha
para celebrar a data. A tradição de presentear com ovos
- de verdade mesmo - é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo,
centenas de anos antes de era cristã já se trocavam ovos pintados
com motivos de natureza - lá eles têm até nome, pêssanka
- em celebração à chegada da primavera. Os chineses
e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos
uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los
coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas. Mas os ovos
não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início
da vida. A tradição de homenagear essa estação do
ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa. Eles
celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava
um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade,
pulando alegremente ao redor de seus pés. Os cristãos se apropriaram
da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição
de Jesus - o Concílio de Nicéia, realizado em 325, estabeleceu o
culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha,
gansa ou codorna) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus
e sua mãe, Maria. Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram
ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza
e seus súditos com ovos banhados em ouro ou
decorados com pedras preciosas na Páscoa. Não é difícil
imaginar por que esse hábito não teve muito futuro. Foram
necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros
franceses tivessem a idéia de fazer os ovos com chocolate - iguaria que
aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta
América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México,
o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maias e Astecas.
A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação
por causa de sua grande prole. Curiosidade A
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